Entretanto, a mais importante notícia daquela manhã era: "Lady Diana está acordada desde as 6 horas. Ela se sente muito bem. Chegou o grande dia para os britânicos, o dia do casamento de conto de fadas. O príncipe Charles irá transformar a bela e tímida auxiliar de jardim de infância Diana Spencer em sua princesa, e deixar muito feliz toda a nação".
Após a cerimônia religiosa, quando o casal saiu da catedral e embarcou na carruagem para ir à recepção organizada pela rainha, a multidão, que havia tomado conta de Londres, extravasou toda a sua alegria.
Cerca de 600 mil pessoas, grande parte vinda do interior do país, estavam nas ruas, acenando bandeirinhas, comemorando com sanduíches e espumante, dançando, transformando o casamento real numa grande festa popular. A confusão no trânsito era algo sem precedentes na cidade.
Espetáculo global
Seiscentos milhões de telespectadores de todo o mundo acompanharam pela tevê a transmissão ao vivo do matrimônio do século. A alegria reinava em todos os cantos. O ponto alto das comemorações aconteceu quando o casal apareceu na sacada do Palácio de Buckingham. Charles fez, então, o que todos esperavam ansiosamente e beijou Diana.
Para o príncipe, 12 anos mais velho que Diana, não era nada tão excepcional ser alvo da mídia. Algum tempo depois, chegou a comentar: "Com certeza eu me acostumei melhor que Diana, eu sei que as câmeras estão apontadas por todos os lados e até certo ponto a gente aceita e se conforma com isso, como parte da nossa vida. Quem não se acostuma pode ficar maluco logo. E você, Diana, não acredita que nos últimos seis meses se acostumou um pouco com isto?"
A verdade é que ela nunca conseguiu se acostumar. Mas nesse dia 29 de julho de 1981, tudo transcorreu conforme planejado: a noiva conteve o nervosismo, os cavalos desfilaram direitinho, ninguém esqueceu seu discurso, ninguém disparou uma arma ou detonou uma bomba.
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