Grupo manifesta preocupação com aglomerações e ambientes fechados.
Foto: Reprodução
Com a divulgação de plataformas de estudos remotos pela prefeitura de Porto Alegre e pelo governo do RS, além das iniciativas de escolas privadas, assim como dos planos para o retorno gradual às aulas presenciais no Estado, cresce entre os pais a preocupação com a forma como essa retomada ocorrerá. Foi assim que nasceram pelo menos três iniciativas online que circulam em Porto Alegre, Gramado e Caxias do Sul, mas há iniciativas também por outras cidades e Estados, como São Paulo e Pernambuco.
No grupo “Direito ao ensino não presencial durante a pandemia” no Facebook, até a noite desta terça-feira (9) haviam pelo menos 3,8 mil integrantes. A petição online de Porto Alegre já contava com mais de 4.500 assinaturas, quase a meta de 5 mil, e a de Gramado, com mais de 3.600 assinaturas. Já a de Caxias do Sul é a que reúne o maior número de assinaturas, com mais de 60 mil.
O objetivo, segundo as petições, é garantir o direito de todos os alunos, dos diferentes níveis de ensino, de escolas públicas ou privadas, de receberem atividades programadas, EAD, online, atividades impressas para os que não tiverem acesso às tecnologias, atividades de recreação e pedagógicas de acordo com a faixa etária ou outras iniciativas durante o período em que durar a pandemia.
“Temos claro que a educação presencial é a que realmente condiz, satisfaz e contempla aos nossos estudantes, no entanto, temos também claro, que neste momento de excepcionalidade temos o direito e obrigação de proteger a vida dos nossos filhos e demais estudantes do RS e do Brasil”, diz uma das petições.
Os grupos também lembram o período de inverno, ainda mais rigoroso no Rio Grande do Sul e na Serra, e também manifestam preocupação com aglomerações e ambientes fechados.
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado criou recentemente o Comitê Pedagógico da Pandemia, para acompanhar o tema, que é seguido de perto pelos pais que defendem maior cautela na retomada das aulas.
Segundo Cassiana Lipp João, mãe, advogada e integrante do grupo do Facebook, os membros não possuem vinculação política e são mães, pais, professores e funcionários de escolas. Conforme Cassiana, entre as petições e assinaturas já são quase 70 mil, mas a meta é ir além das 100 mil.
“Nossa causa é nobre e social. Protege o direito à saúde e à vida junto com o direito ao ensino. Hoje contamos com cerca de 68 mil assinaturas somadas as três petições públicas online de três grupos”, afirma Cassiana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário